A Importância da atividade física para a saúde mental durante a pandemia da Covid-19: Estudo revela os impactos e recomendações

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Os seres humanos são animais complexos na sua essência. A Pandemia da Covid-19 perdurou por pelo menos 24 meses, trazendo diversos impactos de forma direta e indireta. O estudo publicado pelo jornal da USP com o tema “Influência da atividade física nos estados psicológicos de adultos durante a pandemia de covid-19” demonstra a importância de permanecermos ativos fisicamente para mantermos nossa saúde psicológica de forma plena.

Introdução: Longos períodos de confinamento em casa podem levar ao medo, pânico, ansiedade e depressão, o que, por sua vez, pode estar relacionado à diminuição dos hábitos de atividade física. Objetivo: Determinar a associação entre as características da atividade física praticada e o risco de apresentar problemas de saúde mental em pessoas durante o confinamento.

Métodos: Foi realizado um estudo multicêntrico, transversal e observacional em países ibero-americanos com uma amostra de 4.948 participantes, selecionados por meio de uma técnica de amostragem em bola de neve. O estudo teve início em 15 de março de 2020 e foi concluído em agosto de 2020 por meio de um formulário online que incluiu perguntas sobre dados sociodemográficos e de saúde, além da avaliação do estado de saúde mental e características de atividade física. Resultados: As mulheres brasileiras com idade compreendida entre 18 e 29 anos que ficaram em casa mais de 19 horas por dia apresentaram um risco mais elevado para todos os problemas de saúde mental analisados neste estudo. Um baixo nível de atividade física durante o período de isolamento apresentou a maior probabilidade de risco de depressão em comparação com níveis mais elevados (OR = 1,317). Além disso, a utilização de um recurso não profissional para fazer atividade física foi um fator preditivo de estado de saúde mental adverso (OR Ansiedade = 1,396, OR Depressão = 1,452, e OR Estresse = 1,220).

Conclusões: Um baixo nível de atividade física durante o período de isolamento está associado a maior prevalência de depressão, e a utilização de recursos profissionais para a atividade física pode ser um fator de proteção para os distúrbios de saúde mental.

Link do artigo: https://www.revistas.usp.br/rmrp/article/view/192222

Texto oferecido pela Câmara Temporária de Atividade Física e Saúde, do CREF 17, composta pelos conselheiros: Aldo Ricci (Presidente), Tamires Cortat (Secretária).

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